Hora H
Então lá estreou ontem o Hora H.
Depois de grande expectativa alimentada a doses diárias pelos blogs do Filipe, do Markl e de muitas conversas de bastidores, há muito tempo que nenhum acontecimento televisivo me fazia apontar na minha agenda mental uma data para me posicionar em frente ao ecrã, sem falta. Estava eu pois preparado para assistir ao programa quando um compromisso me obrigou a sair de casa.
Cheguei já o programa tinha terminado há muito. Nada ainda no Youtube, toca de dar uma espreitadela no estamine do Markl. Um post sobre o assunto e mais de 100 comentários. Curioso, li-os quase todos, ainda sem ter visto o programa, seguro de que ia ficar com uma boa ideia do que se tinha passado. Desilusão. A grande maioria das pessoas tinha detestado, os guionistas eram todos uma merda, o Herman estava acabado, o Gato Fedorento vai comê-lo vivo, bla bla bla. Lá me fui deitar.
Dormida a noite, lá estava o programa enTubado. Vi-o do princípio ao fim, com uma sensação de medo semelhante aos filmes de terror série B, quando nunca mais aparece o assassino/monstro. Neste caso e felizmente, não cheguei sequer a apanhar nenhum susto. Tenho de dizer que gostei do programa. Não sei se eram as saudades do Herman a fazer comédia a sério, se por conhecer e admirar o trabalho da maior parte dos autores, se por saber tão bem o quão difícil é fazer comédia, principalmente que agrade a todos.
Percebi então quem eram os comentadores do blog do Markl. São uma amostra de um universo bastante maior, que infelizmente o espelham na perfeição e que se enquadram em diversas categorias: Odiadores do Herman e do Markl, Adoradores do Gato e humoristas frustrados. Independentemente da qualidade deste programa, as criticas já estavam preparadas e são semelhantes ao que aconteceu com o Herman Enciclopédia – disso mesmo já falou hoje o Markl. Depois, há uma grande fatia que começou a ver comédia há pouco tempo, com o Gato, e não consegue ver mais nada à frente - tudo o que se faça, ou é muito inferior ou é uma imitação – é um sentimento semelhante ao que se tem pela mulher pela qual perdemos a virgindade, só abrimos os olhos uns tempos mais tarde. Finalmente os humoristas frustrados (os piores). Para esses, nada está bem. Tudo foi mal pensado e produzido do princípio ao fim, os actores péssimos e os textos mal escritos. Enfim. Gabo a paciência do Markl no seu blog para dar trela e ser educado com esta cambada. Eu não a tinha.
Não quero aqui assumir a posição de um nerd do Herman, não se trata disso. Sou apenas uma pessoa que escreve humor todos os dias e que já vi boicotes semelhantes acontecerem a trabalhos dos Alcómicos (felizmente a uma escala menor). Acho que o primeiro episódio de Hora H teve já muita qualidade e que a partir daqui acredito que seja sempre a melhorar. Há ali um cheirinho a Casino Royal misturado com sketches da Enciclopédia que deixa antever coisas boas. Lembrem-se, é um primeiro episódio, nunca é tão bom como o 6º ou o 23º. Claro que me custa não ver no elenco o Miguel Guilherme, o José Pedro Gomes e o Joaquim Monchique. Mas nada é perfeito e a vida continua.
De resto, daqui por uns dias, já se ouvem bordões Hermanianos nas ruas. Vai uma aposta?
Depois de grande expectativa alimentada a doses diárias pelos blogs do Filipe, do Markl e de muitas conversas de bastidores, há muito tempo que nenhum acontecimento televisivo me fazia apontar na minha agenda mental uma data para me posicionar em frente ao ecrã, sem falta. Estava eu pois preparado para assistir ao programa quando um compromisso me obrigou a sair de casa.
Cheguei já o programa tinha terminado há muito. Nada ainda no Youtube, toca de dar uma espreitadela no estamine do Markl. Um post sobre o assunto e mais de 100 comentários. Curioso, li-os quase todos, ainda sem ter visto o programa, seguro de que ia ficar com uma boa ideia do que se tinha passado. Desilusão. A grande maioria das pessoas tinha detestado, os guionistas eram todos uma merda, o Herman estava acabado, o Gato Fedorento vai comê-lo vivo, bla bla bla. Lá me fui deitar.
Dormida a noite, lá estava o programa enTubado. Vi-o do princípio ao fim, com uma sensação de medo semelhante aos filmes de terror série B, quando nunca mais aparece o assassino/monstro. Neste caso e felizmente, não cheguei sequer a apanhar nenhum susto. Tenho de dizer que gostei do programa. Não sei se eram as saudades do Herman a fazer comédia a sério, se por conhecer e admirar o trabalho da maior parte dos autores, se por saber tão bem o quão difícil é fazer comédia, principalmente que agrade a todos.
Percebi então quem eram os comentadores do blog do Markl. São uma amostra de um universo bastante maior, que infelizmente o espelham na perfeição e que se enquadram em diversas categorias: Odiadores do Herman e do Markl, Adoradores do Gato e humoristas frustrados. Independentemente da qualidade deste programa, as criticas já estavam preparadas e são semelhantes ao que aconteceu com o Herman Enciclopédia – disso mesmo já falou hoje o Markl. Depois, há uma grande fatia que começou a ver comédia há pouco tempo, com o Gato, e não consegue ver mais nada à frente - tudo o que se faça, ou é muito inferior ou é uma imitação – é um sentimento semelhante ao que se tem pela mulher pela qual perdemos a virgindade, só abrimos os olhos uns tempos mais tarde. Finalmente os humoristas frustrados (os piores). Para esses, nada está bem. Tudo foi mal pensado e produzido do princípio ao fim, os actores péssimos e os textos mal escritos. Enfim. Gabo a paciência do Markl no seu blog para dar trela e ser educado com esta cambada. Eu não a tinha.
Não quero aqui assumir a posição de um nerd do Herman, não se trata disso. Sou apenas uma pessoa que escreve humor todos os dias e que já vi boicotes semelhantes acontecerem a trabalhos dos Alcómicos (felizmente a uma escala menor). Acho que o primeiro episódio de Hora H teve já muita qualidade e que a partir daqui acredito que seja sempre a melhorar. Há ali um cheirinho a Casino Royal misturado com sketches da Enciclopédia que deixa antever coisas boas. Lembrem-se, é um primeiro episódio, nunca é tão bom como o 6º ou o 23º. Claro que me custa não ver no elenco o Miguel Guilherme, o José Pedro Gomes e o Joaquim Monchique. Mas nada é perfeito e a vida continua.
De resto, daqui por uns dias, já se ouvem bordões Hermanianos nas ruas. Vai uma aposta?
Beijinho Bom.
RSC


