Mais uma noite
Como vem sendo cada vez mais habitual, a cerimónia dos Óscares da Academia voltou a ser fraquinha. Se a última ainda foi salva por um brilhante Jon Stewart, a verdade é que já ninguém se lembra do último ano em que houve mais de três ou quatro realmente bons filmes a competir pelas estatuetas. A verdade é que a indústria americana parece cansada e até prestes a esgotar o filão dos filmes "baseados em factos verídicos" ou "baseados em biografias históricas".
Quanto à apresentação, Ellen Degeneres esteve normal - não aqueceu nem arrefeceu - com piadas que tanto davam para os Óscares como para uma noite de Levanta-te e Ri clean. De resto, trocar Jon pela Ellen é o mesmo que ter o Cantona em campo e substituí-lo pelo Simão Sabrosa: É mais limpinho mas não ganha o público. Ao menos foi a substituição de um comediante por outro, uma medida óbvia que apenas Portugal ainda não percebeu (Apresentação de uma Gala=comediante; por maior que sejam as mamas de uma apresentadora).
Uma palavra para Pan's Labyrinth. Vi o filme há uns dias e fiquei com a ideia de ser pouco menos que brilhante. Os três óscares confirmam-no.
RSC