quarta-feira, 18 de abril de 2007

Massacre na Faculdade

Divagações depois do terrível incidente que envolveu a morte de 32 estudantes às mãos de um colega numa Faculdade Norte-Americana:

Várias pessoas me têem perguntado se seria capaz de entrar numa faculdade e disparar indiscriminadamente. É óbvio que não! Não só porque condeno moralmente o acto como também não tenho muito tempo para isso, sobretudo desde que me emprestaram o GTA Vice City.

Oiço discussões recorrentes sobre que tipo de pessoa é esta que mata inocentes de uma forma tão fria. Sinceramente nada me surpreende neste mundo, ainda no outro dia mudei de canal e vi um jovem da minha idade, e em perfeitas condições mentais, a tourear.

Que mundo é este em que uma pessoa de 24 anos se mete à frente de um mamífero de meia tonelada por livre e espontânea vontade? E o mais impressionante é que ele fê-lo apenas empunhando uma toalha de mesa de cor vermelha. Quem me dera que o meu enxoval me despertasse tamanha auto-confiança.

A realidade é que é complicado prever este tipo de situações. O vosso colega de turma nunca irá mostrar sinais exteriores de que está a planear um assassínio em massa, sobretudo se vocês nunca o tiverem deixado copiar a Biologia.

Felizmente posso assegurar que nada disto seria possível em Portugal, e acreditem no que digo, eu já entrei em algumas Faculdades. A de Belas Artes por exemplo, o estado de conservação é tão mau que se um terrorista entrasse de rompante numa sala ficaria imediatamente preso no soalho. E provavelmente o máximo que ele poderia negociar com o governo seria uma injecção de tétano.

Devo confessar que houve uma altura em que me foi difícil resistir à tentação de carregar uma AK-47 e espalhar o terror pela cidade. Mas ainda bem que mantive o discernimento, até porque o preço do Lombo de vitela no Lidl acabou por baixar uma semana depois.

E como acontece habitualmente os especialistas culparam os videojogos por este terrível incidente. Pessoalmente não acredito nessa história dos videojogos influenciarem as pessoas. Isto porque cresci a jogar Paperboy, e posso-vos assegurar que em 24 anos de vida nunca me passou pela cabeça montar-me numa BMX e descer a baixa Lisboeta atirando jornais de porta em porta.

AR