terça-feira, 29 de abril de 2008

Luxódromo


“Todos os dias novos looks, hoje à noite é p'ó Lux
Onde apanhas grandes mocas, com vodkas e brocas
E tocas em cocas, sufocas, convocas o sexo a quem
Provocas” Sam the Kid

Luxódromo

(para a Inês do ISPA)

Pouco sei sobre o que é certo ou errado, tirando algumas perguntas do trivial pursuit júnior (quando não é para queijinho, se não vou-me abaixo com a pressão), e um palpite de que as noites de sábado no lux são do melhor que há por ai.

São vários os lugares comuns acerca do espaço, proponho-me a desmistificá-los a troco de nada. Está bem, um fim-de-semana em Trás-os-Montes numa casa que pratique Swing e não se fala mais em valores.

Muitos dizem que é a melhor casa nocturna, vulgo discoteca, do País. Normalmente, quando oiço pessoas a defender o lux e a contarem histórias sobre antigo frágil digo-lhes também para me tirarem a mão da perna. Mais tarde, delicadamente, peço-lhes o favor de pararem de pedir Malibu que é incomodativo para todos.

Em relação aos sussurros, um dos principais, se não o principal, é que aquilo pertence ao John Malkovich. Depois de reflectirmos sobre estas últimas linhas, julgo que será sensato concluir de uma forma tipicamente portuguesa: está bem abelha. Ou muito me engano ou o Malkovich interessa-se tanto por aquilo como eu neste momento me importo em saber o que é feito do Lecas.

Sair à noite é como jogar ao quarto-escuro. Numa e noutro fazem-se coisas que não temos coragem de fazer às claras. Refiro-me a apalpões e toque sujos, e consequente risota/gabarolice+1 (como a Portela) com os amigos.

Uma das minhas grandes dúvidas em relação àquela casa prende-se com autenticidade da porteira. É de tal forma politicamente correcta que ainda hoje não percebi se ela existe ou não passa de um holograma.

Reza a lenda que depois das três da manhã é complicado entrar sem dificuldades acrescidas. Há noites em que a fila não chega a santa-apolónia por vergonha. Não se deve desanimar por estar na fila, é ai que elas acontecem:”Ai-andas-no-ISPA? Por acaso, sempre quis tirar psicologia”. Enfim, ainda não entrámos e já estamos a ganhar por uma bola a zero.

Desenganem-se todos aqueles que se julgam capazes de beber à pala no Lux. Ok, ok, vocês são lixados. A Soraia Chaves não paga em lado nenhum. Mas de facto é complicado. Quer dizer, se tiverem um atelier de moda numa cave do bairro alto ou se forem o Nuno Guerreiro as coisas devem mudar de figura. Digo eu, não sei nada em concreto.

Não me levem a mal, mas agora tenho de ir andando que hoje no Lux vai lá estar um DJ qualquer acabado em Z.

Faltava-me dizer qualquer coisa.... Ah!se quiserem saber o que se passa lá dentro esqueçam tudo o que vos disse e concentrem-se no mote lá de cima.
SM